




Projeto de Responsabilidade Social Empresarial
Curso Gestão em Recursos Humanos
Elaborado por:
Danielle Pereira Costa
Grace Costa Cosenza
Roberta Matos Simas
Orientação:
Profª Regina Rianelli

A Instituição “Núcleo Espírita Aura Celeste” (N.E.A.C.) localizado na zona oeste carioca surgiu informalmente em janeiro de 2001, da comunhão do desejo de três grupos de indivíduos que decidiram prestar algum tipo de trabalho filantrópico voluntário.
O encontro das pessoas aconteceu na casa da Dona Maria.
A casa da Dona Maria era uma casa pobre, como tantas outras da Zona Oeste, onde pelo menos 26 crianças (até que a 27ª não tivesse chegado) e outros tantos adultos viviam em situação bastante precária.
Dona Maria, ou “mãe Maria”, como preferem as crianças, tinha uma casa pequena, mas um coração grande, onde foi abrigando todos que apareceram na sua porta: filhos abandonados, de pais vivos ou mortos, em resumo, de pais ausentes.
Apesar da condição de vida caótica, todos reconheciam naquela casa o abrigo, o aconchego, o lar de tantas crianças que, não fosse a abnegação daquela mulher iluminada e amorosa, estariam nos sinais de trânsito da cidade, passando frio e fome, na melhor das hipóteses.
O primeiro trabalho do então grupo “Aura Celeste” foi reformar a casa da Mãe Maria e garantir as necessidades básicas daquela grande família.
A casa, antes pequena, escura, mal ventilada, fétida e infestada de carrapatos e percevejos, ganhou cômodos maiores, claros e arejados. O mobiliário foi melhorado: beliches tiraram as crianças menores do chão frio; um fogão e uma máquina de lavar industrial facilitaram o trabalho doméstico de Dona Maria; as crianças fizeram à primeira refeição em uma mesa, e ali também puderam passar a fazer o dever de casa.
A desnutrição deixou de ser mais um hóspede na casa, graças à distribuição semanal de alimentos.
O próximo passo foi cuidar da saúde das crianças, encaminhando-as aos postos de saúde, onde foram atendidas por médicos e dentistas.
Paralelamente, o grupo garantiu incondicional apoio à Dona Maria, obrigada pela Justiça a prestar conta do acolhimento de todas aquelas crianças.
Na época, face ao desespero de Dona Maria (na iminência de perderem muitas das suas crianças, a serem despejadas nas instituições decadentes do estado), o grupo pensou em fundar um abrigo, na própria casa de Dona Maria, para acolher legalmente aquelas e outras tantas crianças que passariam a ser encaminhadas para lá.
Os entraves burocráticos foram tantos; as exigências do estado foram tão absurdas (como se os abrigos oficiais fossem a perfeição que eles exigem!), que se chegou à seguinte conclusão: seria muito mais proveitoso se o grupo continuasse ajudando as crianças da Dona Maria, no que diz respeito a casa, comida, estudo, saúde, encaminhamento profissional e, principalmente, formação moral, sem precisar, no entanto, transformar sua casa num abrigo da prefeitura.
Durante esse momento de reflexão, o grupo já prestava auxílio a outras famílias nas redondezas, em Campo Grande e em Pedra de Guaratiba. Encontramos outras casas, com problemas semelhantes, que pretendiam ser lares. Alguns eram, na verdade: não havia comida, mas as crianças alimentavam-se do amor de pais carinhosos; noutros, compartilhada com os filhos, apenas a violência doméstica.
Julgou-se que seria mais eficaz juntar esforços, não para atender às inconsistentes exigências da justiça, mas para prestar todo e qualquer tipo de solidariedade a famílias necessitadas, pois, em pouco tempo de trabalho, o grupo já aprendera sua primeira lição: melhor que dar a mão a uma criança abandonada é estender os braços para a família que a abandonou. Tudo o que pudermos dar a uma criança será insignificante frente à reconquista do amor de seus pais.
É aí, na verdade, que começa o trabalho do grupo Aura Celeste, registrado como instituição filantrópica em 02 de março de 2002, com sede em: Praça da Legalidade, 28 – Santa Cruz – CEP. 23550-070.
O caso de “Dona Maria Sem Sobrenome” é apenas o relato da primeira experiência do grupo, que hoje assiste a 15 famílias, abraçando um total de mais de 60 crianças e jovens, de 0 a 17 anos.
Poder-se-ía dizer que o grupo vive de doações (tem se contado com o grande apoio de empresas do ramo do turismo: “Convencional”, “Blumar”, “Enrico Lavagetto”, “Turismo Clássico”, “Havas Turismo”, “Promotional”, entre outras), mas sua sustentação vem também da doação do tempo, do trabalho, da boa-vontade e do amor dos voluntários (membros ou não da instituição) para com as crianças e suas famílias. Como num passe de mágica, profissionais das mais diversas áreas, do advogado ao pedreiro, têm aparecido para dar apoio quando necessário. Para fazer o Bem não é necessário estar em nenhuma ata de fundação de nenhuma instituição, é só participar.
E qualquer ajuda é bem-vinda, seja financeira, seja apenas um colo. Muito ainda há que ser feito. Não basta um teto, um prato de comida. É preciso tentar recuperar as crianças e adultos, traumatizados e desestruturados pelos percalços de vidas tão sofridas.
Na sede do N.E.A.C., os planos são promissores: sala de aula para crianças com dificuldades na escola; ambulatório para visita de médicos, dentistas e psicólogos; estoque com doação de alimentos para distribuição de cestas básicas, assim como estoque com doação de móveis, roupas e calçados; sala de palestras para crianças e adultos; equipe de apoio jurídico para as famílias; espaço para instalação de oficinas de profissionalização de adolescentes; e o que as crianças adoram espaço para a diversão.
Em relação à diversão, abre-se aqui um parágrafo de agradecimento ao grupo Solidários, composto de funcionários da empresa de informática Nasajon, que, durante todo esse tempo, tem sido o “promoter” das festas e eventos para a criançada. Vestidos de Papai Noel, de Coelhinho da Páscoa ou de caipira, eles têm usado todas as datas importantes do calendário infantil como pretexto para fazer as crianças viverem momentos de alegria, paz e fraternidade.
Afinal de contas, diriam os pequeninos, parafraseando os “Titãs”:

A Instituição “Núcleo Espírita Aura Celeste” (N.E.A.C.) localizado na zona oeste carioca surgiu informalmente em janeiro de 2001, da comunhão do desejo de três grupos de indivíduos que decidiram prestar algum tipo de trabalho filantrópico voluntário.
O encontro das pessoas aconteceu na casa da Dona Maria.
A casa da Dona Maria era uma casa pobre, como tantas outras da Zona Oeste, onde pelo menos 26 crianças (até que a 27ª não tivesse chegado) e outros tantos adultos viviam em situação bastante precária.
Dona Maria, ou “mãe Maria”, como preferem as crianças, tinha uma casa pequena, mas um coração grande, onde foi abrigando todos que apareceram na sua porta: filhos abandonados, de pais vivos ou mortos, em resumo, de pais ausentes.
Apesar da condição de vida caótica, todos reconheciam naquela casa o abrigo, o aconchego, o lar de tantas crianças que, não fosse a abnegação daquela mulher iluminada e amorosa, estariam nos sinais de trânsito da cidade, passando frio e fome, na melhor das hipóteses.
O primeiro trabalho do então grupo “Aura Celeste” foi reformar a casa da Mãe Maria e garantir as necessidades básicas daquela grande família.
A casa, antes pequena, escura, mal ventilada, fétida e infestada de carrapatos e percevejos, ganhou cômodos maiores, claros e arejados. O mobiliário foi melhorado: beliches tiraram as crianças menores do chão frio; um fogão e uma máquina de lavar industrial facilitaram o trabalho doméstico de Dona Maria; as crianças fizeram à primeira refeição em uma mesa, e ali também puderam passar a fazer o dever de casa.
A desnutrição deixou de ser mais um hóspede na casa, graças à distribuição semanal de alimentos.
O próximo passo foi cuidar da saúde das crianças, encaminhando-as aos postos de saúde, onde foram atendidas por médicos e dentistas.
Paralelamente, o grupo garantiu incondicional apoio à Dona Maria, obrigada pela Justiça a prestar conta do acolhimento de todas aquelas crianças.
Na época, face ao desespero de Dona Maria (na iminência de perderem muitas das suas crianças, a serem despejadas nas instituições decadentes do estado), o grupo pensou em fundar um abrigo, na própria casa de Dona Maria, para acolher legalmente aquelas e outras tantas crianças que passariam a ser encaminhadas para lá.
Os entraves burocráticos foram tantos; as exigências do estado foram tão absurdas (como se os abrigos oficiais fossem a perfeição que eles exigem!), que se chegou à seguinte conclusão: seria muito mais proveitoso se o grupo continuasse ajudando as crianças da Dona Maria, no que diz respeito a casa, comida, estudo, saúde, encaminhamento profissional e, principalmente, formação moral, sem precisar, no entanto, transformar sua casa num abrigo da prefeitura.
Durante esse momento de reflexão, o grupo já prestava auxílio a outras famílias nas redondezas, em Campo Grande e em Pedra de Guaratiba. Encontramos outras casas, com problemas semelhantes, que pretendiam ser lares. Alguns eram, na verdade: não havia comida, mas as crianças alimentavam-se do amor de pais carinhosos; noutros, compartilhada com os filhos, apenas a violência doméstica.
Julgou-se que seria mais eficaz juntar esforços, não para atender às inconsistentes exigências da justiça, mas para prestar todo e qualquer tipo de solidariedade a famílias necessitadas, pois, em pouco tempo de trabalho, o grupo já aprendera sua primeira lição: melhor que dar a mão a uma criança abandonada é estender os braços para a família que a abandonou. Tudo o que pudermos dar a uma criança será insignificante frente à reconquista do amor de seus pais.
É aí, na verdade, que começa o trabalho do grupo Aura Celeste, registrado como instituição filantrópica em 02 de março de 2002, com sede em: Praça da Legalidade, 28 – Santa Cruz – CEP. 23550-070.
O caso de “Dona Maria Sem Sobrenome” é apenas o relato da primeira experiência do grupo, que hoje assiste a 15 famílias, abraçando um total de mais de 60 crianças e jovens, de 0 a 17 anos.
Poder-se-ía dizer que o grupo vive de doações (tem se contado com o grande apoio de empresas do ramo do turismo: “Convencional”, “Blumar”, “Enrico Lavagetto”, “Turismo Clássico”, “Havas Turismo”, “Promotional”, entre outras), mas sua sustentação vem também da doação do tempo, do trabalho, da boa-vontade e do amor dos voluntários (membros ou não da instituição) para com as crianças e suas famílias. Como num passe de mágica, profissionais das mais diversas áreas, do advogado ao pedreiro, têm aparecido para dar apoio quando necessário. Para fazer o Bem não é necessário estar em nenhuma ata de fundação de nenhuma instituição, é só participar.
E qualquer ajuda é bem-vinda, seja financeira, seja apenas um colo. Muito ainda há que ser feito. Não basta um teto, um prato de comida. É preciso tentar recuperar as crianças e adultos, traumatizados e desestruturados pelos percalços de vidas tão sofridas.
Na sede do N.E.A.C., os planos são promissores: sala de aula para crianças com dificuldades na escola; ambulatório para visita de médicos, dentistas e psicólogos; estoque com doação de alimentos para distribuição de cestas básicas, assim como estoque com doação de móveis, roupas e calçados; sala de palestras para crianças e adultos; equipe de apoio jurídico para as famílias; espaço para instalação de oficinas de profissionalização de adolescentes; e o que as crianças adoram espaço para a diversão.
Em relação à diversão, abre-se aqui um parágrafo de agradecimento ao grupo Solidários, composto de funcionários da empresa de informática Nasajon, que, durante todo esse tempo, tem sido o “promoter” das festas e eventos para a criançada. Vestidos de Papai Noel, de Coelhinho da Páscoa ou de caipira, eles têm usado todas as datas importantes do calendário infantil como pretexto para fazer as crianças viverem momentos de alegria, paz e fraternidade.
Afinal de contas, diriam os pequeninos, parafraseando os “Titãs”:
“A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte...”.